O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN)
apresentou um aditamento à denúncia do caso que investiga o assassinato do
então prefeito de João Dias, Francisco Damião de Oliveira, conhecido como Marcelo
Oliveira, e de seu pai, Sandi Alves de Oliveira, além da tentativa de homicídio
do motorista Alcino Gomes da Silva, em 2024. A nova peça acusatória inclui mais
nove pessoas como suspeitas de participação nos crimes.
A denúncia original já havia apontado Francisco Emerson
Lopes da Silva, Jadson Rodrigues Rolemberg, Heliton Leandro Barbosa da Silva e
Rubens Gama da Silva como envolvidos no ataque. Com o avanço das investigações,
o MPRN, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(GAECO) e da Promotoria de Justiça de Delitos de Organizações Criminosas,
formalizou a acusação contra: Damária Jácome de Oliveira, Leidiane Jácome de
Oliveira. Weverton Claudino Batista, Carlos André Claudino, Marcelo Alves da
Silva, Everton Renan Fernandes Dantas, Olanir Gama da Silva,Thomas Vitor Soares
Pereira Tomaz e Gildivan Junior da Costa.
Alguns dos suspeitos já se encontram presos em unidades
prisionais de Caraúbas e Mossoró, enquanto outros são considerados foragidos.
Damária era vice-prefeita de João Dias na época do crime. Ela
e a irmã Leidiane Jácome são consideradas mentoras intelectuais do grupo. As
duas são consideradas foragidas, segundo a Polícia Civil do RN.
O atentado criminoso foi motivado por vingança pessoal e
política. "Os elementos reunidos no curso do inquérito policial demonstram
a autoria delitiva por parte de Damária Jácome de Oliveira, Leidiane Jácome de
Oliveira, Everton Renan Fernandes Dantas, Weverton Claudino Batista, Carlos
André Claudino e Marcelo Alves da Silva, no crime de duplo homicídio
qualificado por motivo torpe (vingança) e pelo recurso que dificultou a defesa
das vítimas", diz o documento.
Segundo o MPRN, ficou constatado que todos os envolvidos no atentado
ocorrido em João Dias "integravam, na verdade, uma organização criminosa
estruturada, com divisão de tarefas e voltada à prática de crimes
graves".
A ação criminosa contou com a participação de, no mínimo, 14 pessoas,
todas com funções previamente definidas. Entre elas, estava Josenilson
Martins da Silva, encontrado morto no dia 26 de outubro, na zona rural
do município de Antônio Martins.